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Jovem picado por naja pode ter traficado ilegalmente outras 18 espécies de cobras

A informação foi confirmada por uma testemunha ouvida durante as investigações; uma servidora do Ibama também é suspeita de integrar a organização por meio da concessão de licenças falsas para o transporte de animais exóticos

Por Redação

O caso do estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos, que foi picado por uma cobra naja neste mês, em um sítio na região administrativa do Gama, teve nesta semana mais dois desdobramentos. O primeiro foi a prisão do amigo de Pedro Henrique, Gabriel Ribeiro de Moura, 24, que foi preso por atrapalhar as investigações e esconder provas. O outro fato aconteceu também esta semana e foi divulgado com exclusividade pela imprensa local, hoje, e trata-se do depoimento de uma testemunha que afirmou que os estudantes traficavam cobras exóticas no Distrito Federal desde 2019.

Em seu depoimento, a testemunha disse que, tanto Pedro Henrique quanto Gabriel Ribeiro, são “imaturos, mas articulados, descolados e, visivelmente, engajados com o tema de animais silvestres”.

Os policiais suspeitam que os dois estudante, e mais outros que também são investigados – todos estudam na mesma faculdade no Gama – fazem parte de uma organização criminosa. O padrasto de Pedro Henrique, o tenente-coronel da PMDF, Clóvis Eduardo Condi, e sua mãe, a advogada Rose Meire Candido dos Santos, também são suspeitos de integrarem a organização.

Recentemente, tanto o padrasto quanto a mãe de Pedro Henrique, prestaram depoimento à Polícia Civil do Gama e tiveram que pagar multa no valor de R$ 17 mil por crimes ambientais.
Estima-se que Pedro Henrique esteja ligado no tráfico clandestino de, pelo menos, 18 serpentes exóticas, entre elas a naja kaouthia.

Servidora do Ibama

As investigações também trazem agora uma novidade, que seria a participação de uma funcionária do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que possivelmente ajudava a organização no tráfico dos animais exóticos por meio de Adriana da Silva Mascarenhas que é lotada no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas) do órgão.

Servidora do Ibama é investigada por conceder, ilegalmente, documentos para o transporte de animais a pessoas próximas

Os investigadores constataram que a servidora do Ibama era responsável por conceder licenças irregular a Gabriel Ribeiro (que está preso) em 12 de fevereiro do ano passado. Na ocasião, Mascarenhas assinou um termo que autorizava a entrega de uma cobra jiboia-arco-íris, nativa do Brasil, ao jovem. Gabriel não tinha autorização para o animal.

Além disso, a funcionária também é suspeita de também ter concedido autorização para a entrega de quatro espécies de cobras corn snake que são originárias dos Estados Unidos, entre 2018 e 2019. A servidora teria atuado ainda na concessão de licença para a criação de um mico-estrela, que beneficiou a manicure da servidora, e de dois papagaios, que foram entregues a uma amiga de Mascarenhas. Tanto a manicure quanto a amiga que recebeu os papagaios confirmaram as suspeitas.

A servidora foi afastada de suas funções até a conclusão das investigações. Nas semana passada, o Ibama também afastou outro servidor por também estar envolvido nas investigações.

Fonte News Black

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