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Saúde discute em fórum estratégias para eliminar hepatites virais

Nesta segunda-feira (29), a sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília foi palco do Fórum de Eliminação de Hepatites Virais, reunindo especialistas para debater estratégias e ações para o combate à doença. O evento destacou a importância da cooperação no planejamento estratégico, em nível federal e distrital, para erradicar as hepatites virais até 2030, alinhando-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O subsecretário de Logística da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), Maurício Fiorenza, ressaltou a vantagem de Brasília em termos de imunização e proximidade com organizações internacionais como a Opas. “Brasília está com uma imunização alta e estamos planejando um reforço. Neste evento, lançamos o plano de eliminação das hepatites virais no Distrito Federal, que é um passo crucial para o Brasil alcançar a meta de eliminação até 2030”, afirmou Fiorenza.

Fórum de Eliminação de Hepatites Virais reuniu na Opas especialistas para debater estratégias e ações para o combate à doença | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

O subsecretário explica que o plano tem quatro pilares fundamentais: vacinação, diagnóstico, tratamento e educação. “Temos vacinas disponíveis para hepatite A e B. É essencial diagnosticar as pessoas infectadas e tratá-las. Além disso, promover a educação e a conscientização é crucial, pois a hepatite pode ser uma doença silenciosa, sem sintomas evidentes, como a icterícia”, explicou.

O subsecretário de Vigilância Sanitária da SES-DF, Fabiano dos Anjos, destacou que o fórum permite o desenvolvimento de planos de ação mais eficazes. “Nossa coordenação envolve todas as regiões de saúde do DF, o que facilita a aplicação prática das medidas de vigilância em saúde. A epidemiologia nos dá uma visão global das doenças, permitindo-nos ajustar a assistência para melhor atender à população do Distrito Federal”, concluiu.

Durante o fórum, o coordenador-geral das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mário Gonzalez, ressaltou a importância do trabalho em conjunto com gestores das áreas de HIV, Aids e ISTs, uma vez que há convergência nas ações em resposta e também nas populações mais vulneráveis a essas infecções e doenças. Ele alertou para o fato de que a mortalidade por hepatites tem aumentado em todo o mundo.

As hepatites virais mais comuns entre os brasileiros são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o da hepatite E, que é menos frequente no Brasil

Como se prevenir

As hepatites virais mais comuns entre os brasileiros são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o da hepatite E, que é menos frequente no Brasil.

No caso das hepatites B e C, as principais formas de contágios estão relacionadas ao contágio sexual, em relações sem preservativo, e também ao uso de objetos contaminados como agulhas e seringas. As principais formas de prevenção são a vacinação, no caso da hepatite B, e a utilização de preservativos (camisinhas).

Na maioria dos casos, essas hepatites não apresentam sintomas. Muitas vezes são diagnosticadas décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado.

A forma crônica da hepatite D, também chamada de Delta, é considerada a mais grave, com progressão mais rápida para cirrose. A forma crônica respondeu por 75,9% dos casos registrados, enquanto a aguda representou 18,9% dos casos no Brasil.

*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

Fonte: Agência Brasília

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