Desempenho negativo afeta principalmente fundos de escritórios, enquanto fundos de papel apresentam alta
Por Kelly Souza
Os fundos imobiliários (FIIs) no Brasil enfrentaram a maior queda dos últimos dois anos, com o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) recuando 2,58% em setembro de 2024. Esse declínio ocorre em um cenário de alta da taxa Selic, que subiu para 10,75% ao ano. Após um início de ano promissor, os FIIs acumulam agora uma perda de 0,16%, revertendo o otimismo anterior.
Segundo analistas, o aumento da Selic reduz o apelo dos fundos imobiliários, uma vez que a renda fixa se torna mais atrativa com taxas de juros mais altas. Diante desse cenário, especialistas recomendam uma postura defensiva, priorizando fundos híbridos de longo prazo, capazes de oferecer maior resiliência em momentos de instabilidade econômica.
O segmento mais impactado foi o de fundos de escritórios, que apresentou uma queda expressiva de 8,8% no mês, refletindo o desaquecimento da demanda por espaços corporativos. Por outro lado, os fundos de papel, focados em ativos de renda fixa atrelados à inflação, conseguiram se destacar com uma alta de 3,4%, comprovando seu caráter defensivo frente à volatilidade do mercado.
A expectativa agora é de que os investidores mantenham cautela, ajustando suas carteiras com foco na diversificação e em estratégias que ofereçam proteção contra as oscilações do mercado financeiro.