Quando chega a quinta-feira o Branco logo fica ansioso, esperando pela hora de ir para o trabalho no hospital. Ao chegar, o comportamento muda. Ele fica calmo, obediente e paciencioso. Branco é um cão da raça samoieda, um dos quase 40 animais da instituição Pet Amigo, que a visita em alguns hospitais da rede pública e casas de repouso.
Nesta quinta-feira (28), Branco e os colegas Benty (dachshund), Bia (shitsu) e Chanel (spitz alemão) visitaram os pacientes do Hospital de Apoio de Brasília, que já estavam aguardando os convidados especiais. “Na semana passa, a Regina não quis ir para casa na quinta-feira. Preferiu ir na sexta, esperando a visita dos cachorros. Ela adora cachorro”, contou seu Manoel Ferreira dos Santos, 43, esposo de Regina Lopes Rodrigues, 37. Ela realiza tratamento paliativo no HAB há um mês. O Branco foi o primeiro a receber o carinho da paciente, que, depois, pegou o Benty no colo e, por último, se despediu da Bia com muitos abraços.
ALEGRIA – De acordo com o diretor do hospital, Alexandre Lyra, “os pacientes, em especial as crianças e os da Ala A (paliativos), gostam muito da visita dos animais. A gente vê o brilho nos olhos deles quando chegam os cães. Com a visão de médico, a gente vê a alegria dos pacientes e dos acompanhantes e isso ajuda a todos no hospital”.
O trabalho de visitação é organizado e realizado pela Associação Pet Amigo, que atua no hospital desde 2016. As visitas acontecem a cada 15 dias. A presidente interina, Cristiana Pereira Moreira, explica que, “para o cão realizar esse trabalho, ele passa por uma seleção para verificar a obediência, a docilidade, os comandos básicos, como sentar, parar, entre outros. Todos os cães passam por avaliação veterinária também. Qualquer raça pode participar do Pet Amigo”, esclareceu.
A associação conta com cerca de 50 voluntários, organizados em escalas para realizar as visitas. Além do Hospital de Apoio de Brasília, a Pet Amigo também leva os animais para visitas no Hospital Materno Infantil de Brasília, no Lar dos Velhinhos Maria Madalena e em outras casas de repousos privadas.
Josiane Canterle, da Agência Saúde
