Goiás amplia vacinação contra bronquiolite em gestantes
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Estado reforça imunização contra VSR para proteger bebês nos primeiros meses de vida
O Governo de Goiás ampliou a campanha de vacinação contra a bronquiolite em gestantes, com foco na prevenção do vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da doença em recém-nascidos e bebês de até dois anos. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e busca aumentar a cobertura vacinal, especialmente entre mulheres a partir da 28ª semana de gestação.
A vacina, disponibilizada gratuitamente nas salas de vacinação do estado, tem como principal objetivo garantir a transferência de anticorpos da mãe para o bebê ainda durante a gestação, oferecendo proteção nos primeiros seis meses de vida, período considerado de maior risco para complicações respiratórias graves. A recomendação é que a imunização ocorra até, no máximo, 15 dias antes do parto.
De acordo com a SES, cerca de 91 mil gestantes em Goiás estão aptas a receber o imunizante. Para ampliar a adesão, o Estado intensificou a articulação com médicos obstetras, ginecologistas e profissionais da atenção básica, além de reforçar campanhas informativas junto às unidades de saúde. A estratégia inclui orientação direta durante o pré-natal e esclarecimento sobre a segurança e eficácia da vacina.
A bronquiolite é uma das principais causas de internação pediátrica no Brasil, especialmente durante os períodos de maior circulação do VSR. Em casos mais graves, a doença pode evoluir rapidamente, exigindo internação hospitalar, uso de oxigênio e, em situações extremas, suporte em unidades de terapia intensiva. Estudos do Ministério da Saúde indicam que o vírus sincicial respiratório é responsável por até 75% dos casos de bronquiolite e por uma parcela significativa das pneumonias em crianças pequenas.
A ampliação da campanha em Goiás ocorre em consonância com a estratégia nacional de imunização do Sistema Único de Saúde (SUS), que passou a distribuir a vacina contra o VSR para gestantes em todo o país. O imunizante foi incorporado ao calendário oficial após avaliação de custo-benefício e impacto na redução de internações e óbitos infantis.
Apesar do avanço, especialistas destacam que o sucesso da campanha depende diretamente da cobertura vacinal efetiva. A Secretaria de Saúde informou que o monitoramento dos índices de adesão será contínuo, com acompanhamento das regiões que apresentarem menor procura, para direcionamento de ações específicas.
A expectativa do governo estadual é reduzir significativamente as internações por bronquiolite nos próximos meses, aliviando a pressão sobre o sistema de saúde e garantindo maior proteção à primeira infância.

