Equipamento no HBDF transforma tratamento de cálculos renais
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Mais de 600 pacientes já foram beneficiados com o Leco, que dispensa cirurgias invasivas
O drama vivido pelo autônomo Edglei Gusmão Pereira, 62 anos, morador do Gama, ilustra a importância da tecnologia no atendimento à saúde. Em maio deste ano, após uma forte crise renal, ele precisou ser levado às pressas ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). O diagnóstico revelou múltiplos cálculos renais e, graças ao uso do equipamento de litotripsia extracorpórea por ondas de choque (Leco), Edglei pôde iniciar um tratamento sem necessidade de cirurgia. “Achei que não resistiria à dor, mas hoje tenho esperança de retomar minha rotina”, contou emocionado.
O Leco foi adquirido por meio de emenda parlamentar em 2023 e, desde então, já transformou a vida de mais de 600 pacientes. O procedimento consiste em fragmentar as pedras por meio de ondas de choque que atravessam a pele, permitindo que os fragmentos sejam eliminados naturalmente pela urina. Segundo o chefe do Serviço de Urologia do HBDF, Bruno Pinheiro Silva, a técnica reduz riscos e garante rápida recuperação. “Em cerca de 40 minutos, realizamos o processo com segurança e sem necessidade de internação”, explicou.
O ambulatório do hospital realiza, em média, 150 atendimentos mensais e ainda disponibiliza vagas emergenciais para pacientes do pronto-socorro. Para o enfermeiro Maurício Teixeira, a inovação é essencial especialmente para casos de pedras menores, de até 2 centímetros, e para pacientes com contraindicação cirúrgica. “É um recurso que evita complicações graves e melhora a qualidade de vida”, ressaltou.
Na última semana, Edglei passou pela terceira sessão com o Leco. Para ele, cada etapa do tratamento representa não apenas alívio da dor, mas também a chance de retomar o trabalho e viver com dignidade.