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MP da privatizaçao da Eletrobra Estudantes chegam para o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ).

Estudantes chegam para o segundo dia de Enem na Uerj. – Tomaz Silva/Agência Brasil

Movimentos estudantis contrários à realização do Enem em meio à pandemia levaram faixas pedindo um “um Enem justo” e classificando o exame como “excludente”. 

Em busca de uma vaga no curso de medicina, Rodrigo Cunha, 20 anos, chegou cedo à Uerj para evitar o transporte público lotado. O morador do Complexo da Maré conta que está em sua terceira tentativa e que, neste ano, se sente mais preparado por ter cursado um pré-vestibular comunitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde sonha estudar.

O estudante Rodrigo da Cunha Rodrigues fala sobre sua preparação para o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ).

O estudante Rodrigo da Cunha Rodrigues em seu segundo dia e provas do Enem, na Uerj. – Tomaz Silva/Agência Brasil

“Me deu muito mais força e vontade de estudar”, afirma ele, que, apesar disso, achou mais complicado se preparar somente com aulas remotas. “As aulas online foram muito difíceis. Tem sempre uma pessoa pra te distrair, alguém te chamando e até mesmo a preguiça”.

No primeiro dia do exame, Rodrigo conta que se sentiu preocupado com a possibilidade de encontrar uma sala lotada, o que não ocorreu, segundo o estudante, porque mais da metade dos candidatos em sua sala faltou. Rodrigo considera que chegou mais tranquilo para o segundo dia da prova. “Espero que dê tudo certo”. 

Interessada em uma vaga no curso de nutrição, Sara Almeida afirmou que se sente preparada e confiante para a prova, depois de ter feito com tranquilidade o primeiro dia do exame. 

“Pra mim foi fácil, porque estudei e tive oportunidade de me preparar, mas nem pra todos foi fácil”, pondera a estudante, que está em seu segundo Enem e trocou o pré-vestibular por uma plataforma paga de aulas online.

Sobre a prevenção à covid-19, a moradora de Benfica afirma que chegou preocupada no primeiro dia do exame, mas se acalmou na hora da prova. “Eu me senti insegura, mas trouxe meu álcool gel dentro da bolsa e foi tranquilo”.

Estudantes chegam para o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ).

Estudantes chegam para o segundo dia do Enem 2020 na Uerj. – Tomaz Silva/Agência Brasil

Também em seu segundo Enem, Suelen Carvalho, de 22 anos, foi uma das primeiras a chegar à Uerj para evitar aglomerações no transporte público. No primeiro dia, ela conta que a volta da prova coincidiu com o fim do expediente de trabalhadores e lotou o transporte para o Complexo da Maré, onde mora.

“Considerando o contexto de pandemia, espero pelo menos não pegar o corona”, afirma Suelen, que pretende cursar biologia. Apesar da preocupação, a estudante conta que foi fazer a prova porque teme não conseguir isenção novamente no ano que vem se faltar ao exame. 

Para Samuel da Silva, de 19 anos, o Enem deste ano vai servir como um teste, porque ele pretende se preparar melhor no ano que vem para tentar uma vaga em psicologia. 

O estudante Samuel da Silva fala sobre sua preparação para o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ).

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) disse hoje (18) que pretende votar amanhã (19) a Medida Provisória (MP) 1031/21, que trata da privatização da Eletrobras. A proposta chegou a entrar na pauta da sessão desta terça-feira, mas Lira disse que ainda vai aguardar a versão final do texto do relator, Elmar Nascimento (DEM-BA). A MP recebeu mais de 570 emendas.

Lira justificou a pressa em votar a proposta com o argumento de que há um acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de encaminhar para a Casa as MP’s editadas após o mês de fevereiro, até 30 dias antes final do prazo de validade da proposta. A MP com a proposta de privatização da empresa, que é responsável por por 30% da energia gerada no país, foi encaminhada para a Câmara no dia 23 de fevereiro.

“Está pautada para amanhã a votação da Medida Provisória 1031, da Eletrobras. É importante que haja um amplo debate sobre o tema. Nós temos um acordo para que, em respeito ao Senado, as MPs sejam encaminhadas para análise dos senadores, com um prazo de 30 dias” disse hoje Lira por meio de uma rede social

Pela MP, a proposta de privatização da Eletrobras será executada na modalidade de aumento do capital social, por meio da subscrição pública de ações ordinárias com renúncia do direito de subscrição pela União. Ou seja, até que a União deixe de ser acionista majoritária da empresa.

A MP diz ainda que o aumento do capital social da Eletrobras poderá ser acompanhado de oferta pública secundária de ações de propriedade da União ou de empresa por ela controlada, direta ou indiretamente.

A União se compromete a conceder pelo prazo de 30 anos novas outorgas de concessões de geração de energia elétrica para as usinas sob titularidade ou controle, direto ou indireto, da Eletrobras.

De acordo com o governo, esses contratos renovados não se darão mais no regime de cotas, quando a energia elétrica gerada é comercializada compulsoriamente a um preço fixado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, a empresa poderá negociar a energia livremente no mercado regulado ou no mercado livre.

“A mudança no regime de comercialização de energia elétrica, mesmo considerando os riscos envolvidos, adiciona valor ao contrato de concessão, já́ que a empresa terá́ flexibilidade para vender sua energia no mercado regulado ou no mercado livre, podendo escolher os seus clientes, a preços e prazos definidos por ela e pelo mercado”, disse o governo, na justificativa da MP.



Fonte: Agência Brasil

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