Conselheiro do TCE do Rio de Janeiro afirma ter tido contato com paramilitar preso, mas nega envolvimento com Roni Lessa, acusado da execução de Marielle
Por kelly Souza
Durante o segundo dia de interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), o Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, foi questionado sobre suas supostas ligações com o crime organizado e milicianos do Rio de Janeiro. Brazão negou qualquer relação com o tráfico de drogas, mas admitiu ter frequentado comunidades dominadas por milícias, incluindo Rio das Pedras, onde conheceu o paramilitar Marcos Vinícius Santos, conhecido como “Fininho”, preso em uma operação do Ministério Público.
Entretanto, Brazão negou ter qualquer tipo de vínculo com Roni Lessa, ex-policial militar acusado de ser o executor da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 2018. Lessa será julgado junto com o ex-PM Élcio Queiroz na próxima semana no Rio de Janeiro.
O depoimento de Brazão ocorre em meio a um contexto de escalada de violência na capital fluminense, com operações policiais em diversas favelas, incluindo o Complexo de Israel, zona norte do Rio, onde tiroteios constantes têm causado o fechamento de vias e interrupção de serviços de transporte.