Imunização passa a alcançar adolescentes de até 19 anos e protege contra tumores de pênis, boca e colo do útero

O Governo do Distrito Federal ampliou o acesso à vacina contra o papilomavírus humano (HPV) e passou a ofertar a imunização para adolescentes de ambos os sexos com até 19 anos que ainda não receberam a dose. A medida representa um avanço estratégico na política de prevenção ao câncer e busca alcançar jovens que ficaram fora da faixa etária inicialmente prevista no calendário nacional de vacinação.

A vacina contra o HPV é reconhecida mundialmente como uma das formas mais eficazes de prevenção de diversos tipos de câncer associados ao vírus, como os de colo do útero, pênis, boca, ânus e laringe. A infecção pelo HPV é considerada uma das mais comuns no mundo, e a maioria das pessoas terá contato com o vírus ao longo da vida, muitas vezes sem apresentar sintomas.

No Distrito Federal, a ampliação da faixa etária tem como foco principal aumentar a cobertura vacinal e reduzir, no médio e longo prazo, a incidência dessas doenças. A imunização está disponível em aproximadamente 100 pontos de vacinação espalhados pelo DF, com cerca de 10 mil doses reservadas para essa estratégia de resgate vacinal.

O esquema adotado atualmente é de dose única, o que facilita a adesão dos adolescentes e das famílias. A vacina ofertada protege contra quatro tipos do vírus, incluindo os de alto risco oncogênico, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero. Especialistas ressaltam que, embora a vacina tenha maior eficácia quando aplicada antes do início da vida sexual, ela continua sendo altamente benéfica para adolescentes que ainda não foram imunizados.

Autoridades de saúde reforçam que a ampliação da vacinação não substitui outras medidas de prevenção, como o uso de preservativos e a realização periódica de exames preventivos, mas atua como um pilar essencial na redução da circulação do vírus e na proteção coletiva da população.

A iniciativa segue diretrizes do Ministério da Saúde e está alinhada às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que defende altas taxas de cobertura vacinal como caminho para a eliminação do câncer de colo do útero como problema de saúde pública nas próximas décadas.

A Secretaria de Saúde do DF orienta que adolescentes procurem a unidade básica de saúde mais próxima portando documento de identificação e, se possível, o cartão de vacinação. A imunização é gratuita e segura, sendo uma oportunidade decisiva para a proteção da saúde futura.