A parlamentar, presidente do PP-DF, fez a afirmação em entrevista aos membros da ABBP; Leão afirmou ainda que não saíra candidata a CLDF ano que vem
A presidente do Partido Popular do Distrito Federal (PP-DF) e deputada federal Celina Leão afirmou, durante entrevista aos membros da Associação dos Blogueiros de Política do Distrito Federal (ABBP), nesta segunda-feira (25), que seu partido irá apoiar uma possível reeleição do governador Ibaneis Rocha em 2022. Conforme salientou a deputada, o trabalho que o mandatário vem desenvolvendo na capital, seja na área de infraestrutura urbana, educação, saúde e segurança pública, dá-lhe todas as condições uma vitória no próximo ano.
“Eu acredito que a possibilidade de vitória do governador Ibaneis é muito grande, até porque fazia muito tempo que nós não tínhamos presença de governador. Acho difícil é algum candidato querer enfrentar o governador Ibaneis com tudo que ele está fazendo”, disse a parlamentar.
Na prática, a deputada diz que o governador tem realizado obras que até então eram apenas propostas em período eleitoral, como a construção do Túnel de Taguatinga e do Hospital Oncológico de Brasília, além das intervenções na infraestrutura urbana das regiões administrativas, como Sol Nascente, Vicente Pires, Riacho Fundo II e Recanto das Emas.
Portanto, Leão comenta ser preciso construir um grupo entorno da candidatura do governador Ibaneis. Para isso, ela ressaltou que tem mantido conversas com a também deputada federal Flávia Arruda (PL), e com o MDB local para viabilizar nomes para compor o grupo que irá apoiar Ibaneis em 2022. “Acho que nós temos condições de construir um projeto para um grupo vitorioso. Acredito que esse grupo vai caminhar unido”, diz.
Ainda sobre essa construção de um projeto político com outras legendas, a deputada afirma que não pretende sair candidata a uma vaga na Câmara Legislativa – “a chance de eu ser candidata distrital é zero; até posso subir para outro cargo, mas não voltar à Câmara distrital” –, e que vê com bons olhos o nome de Flávia Arruda para o Senado.
Legado
Conforme lembrou a deputada, ela já trabalhou com outros governos por isso, pode fazer uma comparação entre as gestões passadas, em especial, as de Agnelo Queiroz (PT) e Rodrigo Rollemberg (PSB), em que ela foi secretária. “O legado do PT aqui no Distrito Federal foi um fracasso. Já o governador Rollemberg achava que podia fazer política sozinho, que não precisa da classe política, morria de medo do Ministério Público, não tinha nada que o Ministério Público recomendava que ele não atendida previamente. Por isso, para você sentar numa cadeira de governador você tem que ter coragem porque muitas coisas precisam ser feitas”, afirmou Leão.
De modo a demonstrar essa particularidade do governador Ibaneis, a parlamentar usou o exemplo do investimento que tem sido feito no esporte para demonstrar a forma assertiva de como o governo trabalha. Ela mencionou a distribuição de material esportivo, de uniforme para times de futebol, criação dos programas Educador Esportivo Voluntário e Jovem Candango, reforma da Piscina de Ondas do Parque da Cidade, e do TaguaParque. “A ideia é que onde você vai você tenha acesso ao esporte de forma gratuita”, explica.
A deputada disse ainda que constatou, durante seus mandatos, que para fazer política não é preciso apenas “boa vontade”, mas de recursos, por isso, ela defende uma possível candidatura à reeleição no próximo pleito. “Tenho um acúmulo maior de trabalho, mas consigo me desdobrado para dar conta de tudo isso”, conta Leão.
Para se lançar outra vez à Câmara dos Deputados, a parlamentar diz contar com o apoio do governador Ibaneis, a quem ela classificou como “um homem que faz”. “Minha relação com o governador Ibaneis para 2022 ela é muito clara, pois nós fomos o primeiro partido a anunciar que queria caminhar com ele.O caminho do PP é o caminho do governador Ibaneis em 2022. Acredito no trabalho dele, na coordenação que ele tem feito e na coragem dele”, garantiu.
A parlamentar também defendeu a transformação da região do Entorno do DF em região metropolitana, para que o GDF pudesse realizar convênios junto aos municípios; afirmou ser contra a PEC 32, que trata da reforma administrativa, pois, “retira a estabilidade do servidor público, e o servidor precisa dessa estabilidade para fazer um bom serviço”, mas defendeu que haja uma “avaliação” dos serviços prestados por esses servidores; defendeu o projeto já aprovado no Senado, que determina uma porcentagem mínima de cadeiras na Câmara dos Deputados, nas assembleias legislativas dos estados, na Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas câmaras de vereadores a ser preenchida por mulheres; e reafirmou sua defesa pelo direito das mulheres ao dizer que “o problema do Brasil é que ele é um país muito machista que, às vezes, nem o homem consegue se vê nessas condições”.
