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Governo vai propor a privatização de estatais nos próximos meses, diz Paulo Guedes

O ministro reconheceu que a pandemia causou estragos na economia e que o governo já está agindo na sua retomada; ‘Perdemos um ano em termos de espaço fiscal, mas nós ganhamos milhões de vidas’, ressaltou Guedes

Por Redação

O governo federal deve anunciar nos próximos 60 dias a privatização de três ou quatro empresas estatais. Nem o nome e nem os valores a serem obtidos no processo foram anunciados. A notícia foi dada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na manhã desta quinta-feira, 6, durante evento organizado pela Fundación Internacional para la Libertad (Fundação Internacional pela Liberdade). A informação transmitida por Guedes foi durante sua fala em uma live junto conduzida pelo premiado escritor peruano Mario Vargas Llosa.
Em sua exposição, o ministro lembrou ainda que o governo foi pego de surpresa com pandemia de covid-19 e que, mesmo assim, as políticas adotadas pelo Executivo para amenizar os impactos da doença sobre a sociedade surtiram efeitos. Como exemplo ele citou a queda da economia que, antes tida em 10% do Produto Interno Bruto (PIB) teria sido reduzida para 4%, após adoção de medidas conduzidas pelo governo.

“Perdemos um ano em termos de espaço fiscal, mas nós ganhamos milhões de vidas, a economia continuou com os sinais vitais preservados”, afirmou o ministro.

Com a paralisação das atividades produtivas e comerciais, a economia brasileira foi fortemente atingida e para evitar um colapso não só na área da economia, mas também na área da saúde, o governo precisou intervir. Para tanto, Guedes lembra que será feito, já no próximo ano, uma intensa redução nas despesas públicas para recompensar os gastos com a pandemia. “No próximo ano, vamos reduzir dramaticamente os gastos”, anunciou o ministro.

Outra observação feita durante a live foi com relação do déficit primário ( que é a receitas menos despesas, sem considerar gastos com juros da dívida pública), que nas expectativas do governo, antes da pandemia, para este ano, era de 1%, o que comprovaria o bom andamento da economia brasileira. Mas, conforme ressaltou o ministro, essa expectativa de déficit primário baixo atualmente é desconsiderada pelo governo, que agora vê um déficit de 11%.

Mas a saída virá, segundo o ministro. Para ele, o Brasil tem dado exemplo ao mundo todo ao reduzir e fazer cortes no orçamento, uma vez que a maioria dos países vem fazendo justamente o contrário, ou seja, gastando e, com isso, se endividando. “Então, estou dizendo que o Brasil vai surpreender o mundo de novo. Surpreendeu no ano passado, quando nós fizemos uma reforma difícil [da Previdência], e vamos surpreender de novo deste ano, porque estamos votando propostas.”

Desemprego

A taxa de desemprego no segundo trimestre deste ano foi de 9,6%. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, 8,9 milhões de pessoas perderam seus postos de trabalho de abril a junho, em relação ao período de janeiro a março. Ante ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 10,7%.

A pesquisa mostra também que atualmente no país há 83,3 milhões de trabalhadores ocupados, o menor nível da série histórica, iniciada em 2012. O número de pessoas com carteira assinada também caiu, atualmente são 30,2 milhões de pessoas empregadas formalmente, o que representa uma queda de 8,9%, ou seja, 2,9 milhões de pessoas.

O comércio, onde 2,1 milhões de pessoas perderam suas vagas, uma queda de 12,3% na comparação trimestral, é a área mais atingida. Seguida do serviços domésticos, queda de 21,1% (1,3 milhão desempregados), e dos desalentados (5,7 milhões de pessoas), onde inclui-se também trabalhadores que desistiram de procurar emprego.

Fonte News Black

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