Com mais de oitenta milhões de reais em doações, sendo cinquenta e quatro por cento vindos do PT, o financiamento de campanha em São Paulo levanta questionamentos sobre prioridades no uso de recursos
Por Andrey Neves
O financiamento de campanhas eleitorais em São Paulo chega a números impressionantes. No caso de um candidato específico à prefeitura da capital paulista, o total de recursos recebidos foi de oitenta e um milhões, duzentos e doze mil, duzentos e quarenta e nove reais (R$ 81.212.249,00). Desse montante, o Partido dos Trabalhadores (PT) foi responsável por cinquenta e quatro vírgula trinta e seis por cento das doações, o que corresponde a quarenta e quatro milhões, cento e cinquenta mil reais (R$ 44.150.000,00).
Em comparação, o valor destinado apenas por essa sigla poderia ser usado em diversas outras áreas críticas para a população. Com quarenta e quatro milhões de reais, seria possível construir até cinco novos hospitais de médio porte ou vinte escolas públicas completas. Além disso, essa quantia poderia fornecer cerca de oitocentas mil cestas básicas, o suficiente para suprir famílias em situação de vulnerabilidade por vários meses.
O debate se intensifica diante das dificuldades econômicas enfrentadas pelo país. Com uma população carente de serviços essenciais, muitos se perguntam: faz sentido investir tanto em um único candidato? Esses recursos não poderiam ser melhor aproveitados em saúde, educação e assistência social?
E você, é a favor ou contra?