Nova moeda digital gera questionamentos sobre privacidade e segurança em tempos de vigilância digital
Por Andrey Neves
O Banco Central do Brasil apresentou recentemente o Drex, sua moeda digital oficial, que promete revolucionar o sistema financeiro nacional. Como uma moeda digital de Banco Central (CBDC), o Drex é diferente das criptomoedas tradicionais: é regulamentado e totalmente integrado ao sistema financeiro brasileiro, oferecendo transações rápidas, seguras e a custo reduzido. Mas, apesar dos benefícios aparentes, o lançamento também desperta questionamentos sobre privacidade e possíveis limitações às liberdades individuais.
Experiências passadas, como o bloqueio de poupanças durante o governo Collor, deixam muitos cidadãos atentos ao uso de moedas digitais controladas pelo Estado. Perguntas sobre os riscos para o cidadão comum até o grande investidor surgem diante da possibilidade de maior monitoramento das movimentações financeiras e sobre o impacto que isso pode ter em casos de repressão digital. A nova moeda digital poderia ser usada para restringir transações com base em comportamento digital? Seria possível bloquear ativos digitais, como ocorreu nas redes sociais, conforme decisões recentes do Ministro Alexandre de Moraes, caso um cidadão exponha críticas ao governo?
Os riscos para o cidadão comum podem incluir a perda de privacidade financeira e o maior controle sobre seus bens, enquanto grandes investidores ponderam sobre o grau de interferência estatal em suas operações. O Drex traz a promessa de uma inclusão digital acessível e eficiente, mas a realidade dessa transformação digital ainda suscita dúvidas.