Arruda volta aos velhos hábitos e afronta a Assembleia de Deus

Published On: 27/10/2025 16:10

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Ex-governador tenta forçar entrada em evento religioso e ameaça líderes evangélicos em mais um ato de prepotência política

O ex-governador José Roberto Arruda voltou às manchetes neste fim de semana, e não foi por bons motivos. Durante a Convenção Geral da Assembleia de Deus de Brasília (Adeb), realizada em Taguatinga, Arruda tentou entrar à força em um evento reservado apenas a líderes da congregação. Ao ser barrado, reagiu de forma descontrolada, ameaçando os organizadores e afirmando que, se eleito novamente, “a igreja pagará o preço”. Um comportamento que escancara a arrogância de quem ainda não entendeu que fé não se usa como ferramenta de poder.

Arruda nunca foi evangélico. Sua tentativa de se aproximar da Adeb, portanto, soa como puro oportunismo eleitoral, a velha tática de aparecer em templos às vésperas de campanha, tentando capturar votos pela emoção, e não pela coerência. Mas o tiro saiu pela culatra. Ao tentar invadir um espaço sagrado, sem convite e sem respeito, o ex-governador mostrou que não aprendeu nada com o passado e que ainda confunde autoridade com autoritarismo.

A cena de um político tentando impor sua presença dentro de uma igreja é simbólica e preocupante. É o retrato de um projeto político ultrapassado, que não reconhece limites institucionais e trata a fé alheia como palco para autopromoção. A atitude de Arruda não foi apenas deselegante, foi ofensiva. Ameaçar líderes religiosos por terem cumprido regras internas é um ato de desespero político, e não de liderança.

Brasília já viu esse filme antes. E a população sabe como termina: com promessas vazias, discursos ensaiados e práticas que nada têm a ver com o bem comum. O ex-governador parece disposto a tudo para voltar ao poder, inclusive a desrespeitar instituições e afrontar comunidades inteiras. Mas o eleitor brasiliense amadureceu. Hoje, quem confunde púlpito com palanque acaba desmascarado, e rejeitado.

O episódio na Adeb serve de alerta: há políticos que ainda acreditam que podem manipular a fé das pessoas em busca de votos. Mas a sociedade mudou, e o Distrito Federal merece mais. Respeito, equilíbrio e coerência deveriam ser o mínimo exigido de quem pretende governar. E Arruda, ao que tudo indica, segue preso a um passado de escândalos e atitudes autoritárias que o tempo não conseguiu apagar.

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