Congresso deve decidir se o valor será os R$ 300 proposto pelo governo
Por Redação
No mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou a prorrogação do auxílio emergencial (mais quatro parcelas no valor de R$ 300) e reafirma o compromisso de criar um programa social para substituir o Bolsa Família a partir de janeiro de 2021, as centrais sindicais divulgam nota dizendo que não concordam com decisão do governo e pedem que o auxílio seja mantido até dezembro com o mesmo valor atual de R$ 600 e de R$ 1.200 para mães chefe de família.
O governo federal, tanto o presidente Bolsonaro quanto o ministro da Economia, Paulo Guedes já disseram que o governo não consegue arcar com o valor de R$ 600 até o final do ano. Para o governo, esse valor seria inviável e comprometeria as contas públicas do Estado.
Mas conforme a nota divulgada pelos sindicatos de trabalhadores, o auxílio precisa ser mantido, ao menos, até o final do ano para continuar beneficiando mais de 65 milhões de pessoas e, com isso, evitando que elas caiam na pobreza.
“O auxílio emergencial criou] uma proteção econômica efetiva para as famílias mais vulneráveis, bem como ajudou a sustentar o consumo de bens e serviços essenciais, em especial nas regiões mais pobres do país”, diz a nota dos sindicatos.
Para reduzir os R$ 600 o governo precisou baixar uma medida provisória (MP) prorrogando o auxílio e reduzindo suas parcelas. Mas conforme a nota, o Congresso precisa avaliar a MP e votar pela manutenção dos R$ 600.
“Consideramos fundamental que os parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal qualifiquem o debate deliberativo sensibilizando todo o parlamento para a relevância da renovação desse benefício”, pontua a nota.
A oposição já começa a se articular para tentar manter o valor atual do benefício, já que a Câmara tem esse poder. Foi o que ocorreu quando o governo enviou a proposta de auxílio no valor de R$ 200, a Câmara elevou o valor para R$ 600.
Nesta tarde, em coletiva à imprensa, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que é a favor da proposta do governo, mas deixou em aberto a possibilidade dos deputados ainda decidirem sobre o assunto.
Fonte News Black