Restauração transforma área degradada no Riacho Fundo

Published On: 13/11/2025 11:35

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Parque Ecológico avança na recuperação de 34 hectares com espécies nativas e ações de proteção ambiental

O Parque Ecológico do Riacho Fundo entrou em uma nova etapa de revitalização ambiental com o início da restauração de uma área de 34 hectares que, durante anos, sofreu com degradação, capins invasores e sucessivos focos de incêndio. Após dois anos de preparo do solo e remoção de vegetação exótica, a região começou a receber sementes e mudas de espécies nativas do Cerrado, marcando um novo ciclo para um dos espaços naturais mais importantes do Distrito Federal.

A ação é conduzida pelo Instituto Brasília Ambiental, que coordena o projeto por meio de recursos oriundos de compensação florestal. O trabalho foi estruturado em etapas: primeiro, a erradicação do capim exótico que dominava a área; depois, a aragem e gradagem do solo, seguidas da construção de curvas de nível para evitar erosão. Agora, a fase mais simbólica ganha força: a recomposição da vegetação com gramíneas, arbustos e árvores típicas do bioma.

A expectativa dos técnicos é que, ao longo dos próximos meses, a cobertura vegetal comece a se consolidar, criando condições para o retorno de fauna e equilibrando o microclima da região. Um dos brigadistas que atuam no parque reforçou a mudança: disse que a área sempre foi vulnerável ao fogo justamente por causa do mato alto e seco, mas que a recuperação com plantas nativas deve reduzir drasticamente o avanço das queimadas.

A participação da comunidade também se tornou peça essencial. Moradores próximos acompanharam as ações e destacaram que a restauração representa mais segurança ambiental, além de valorização da própria região. Uma microempresária que vive no Riacho Fundo lembrou que o parque é ponto de referência para lazer, caminhada e convivência, e que vê a recuperação como uma vitória para o bairro.

Com aproximadamente 463 hectares, o Parque Ecológico do Riacho Fundo é uma das unidades de conservação mais ricas do DF, preservando veredas, campos de murundus e espécies endêmicas, como a rara Lobelia brasiliensis, encontrada apenas na região. A reabilitação dos 34 hectares degradados fortalece esse patrimônio natural e garante proteção às nascentes que abastecem o córrego Riacho Fundo, fundamentais para o equilíbrio hidrológico local.

O projeto reforça o compromisso ambiental do Distrito Federal e mostra que a recuperação ecológica depende de continuidade, participação e planejamento técnico. A restauração que começa agora não apenas resgata o Cerrado, mas devolve à população um espaço mais protegido, resiliente e vivo.

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