Estudantes de Planaltina lançam livros sobre o patrimônio histórico da cidade

Published On: 08/10/2025 15:16

Compartilhar

Obras escritas por alunos resgatam a memória e os símbolos culturais de Planaltina, em parceria com o Iphan e a Secretaria de Educação

Em uma manhã repleta de emoção e aprendizado, o Complexo Cultural de Planaltina foi palco, nesta terça-feira (7), do lançamento dos livros Em busca da Planaltina perdida e Tinha um caco no meio do caminho, novos títulos da coleção Patrimônio para Jovens. O projeto é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Instituto BRB e escolas da cidade. A proposta é simples, mas poderosa: aproximar crianças e adolescentes da história, da memória e das tradições culturais de Planaltina, um dos territórios mais antigos e simbólicos do Distrito Federal.

O evento reuniu estudantes, professores e autoridades que participaram do processo criativo das obras. A representante da Diretoria de Educação Integral da SEEDF, Érica Soares, destacou o significado de ver jovens valorizando a própria cidade. “Desejo que vocês leiam o livro e se reconheçam nele. Que entendam o quanto Planaltina é importante e significativa para o DF e para cada um de vocês”, afirmou, emocionada.

Um dos autores das publicações, o técnico em Ciências Sociais do Iphan, Vinícius Prado, explicou que o livro Em busca da Planaltina perdida nasceu de um trabalho coletivo que envolveu cerca de 10 instituições e mais de 300 estudantes. Durante meses, eles realizaram oficinas, entrevistas e saídas de campo para mapear elementos da cultura local, como festas, personalidades, ofícios e patrimônios arquitetônicos. “Queríamos contar a história de forma lúdica, transformando o olhar dos jovens sobre o lugar onde vivem”, ressaltou.

O professor de História do CED Vale do Amanhecer, Leônio Matos, acompanhou o processo de pesquisa dos alunos e conta que o envolvimento foi surpreendente. “Eles não apenas revisitaram a história, mas também descobriram novos pontos de interesse que antes passavam despercebidos. O sentimento de pertencimento que surgiu foi algo inspirador”, contou.

O representante da Unidade Regional de Educação Básica de Planaltina, Gustavo Bayz, reforçou o caráter colaborativo da iniciativa. Segundo ele, “tudo o que está nas páginas foi construído pelos próprios alunos e professores. Nós apenas orientamos o caminho. Ver o resultado final é motivo de orgulho para toda a comunidade escolar”.

Durante a cerimônia, exemplares dos livros foram sorteados entre os estudantes, que vibraram ao ver o próprio trabalho transformado em publicação. As obras também serão distribuídas gratuitamente para bibliotecas escolares da região, garantindo que mais jovens tenham acesso ao conhecimento sobre as origens e o patrimônio de Planaltina.

Mais do que livros, o projeto representa um gesto de identidade e pertencimento. Ao narrar suas próprias histórias, os estudantes de Planaltina escrevem, literalmente, um novo capítulo na preservação da memória cultural da cidade que ajudaram a recontar.

Faça um comentário