Caiado defende anistia a Bolsonaro e fala em pacificação
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Governador goiano critica STF e propõe reconciliação nacional
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), fez duras críticas à condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal, que determinou 27 anos de prisão ao ex-presidente por crimes ligados à tentativa de golpe e ao episódio de 8 de janeiro de 2023. Para Caiado, o julgamento foi marcado por excessos e falhas processuais, já que, segundo ele, Bolsonaro não teve amplo direito de defesa e a decisão acabou sendo conduzida por uma turma do STF, e não pelo plenário completo da Corte.
Em meio à repercussão, o governador defendeu a anistia como instrumento para reduzir a polarização política. Ele afirmou que, se chegar à Presidência da República em 2026, sancionará uma anistia ampla aos condenados dos atos de janeiro, incluindo Bolsonaro, como gesto de pacificação nacional. “O país não pode viver permanentemente dividido entre extremos. Precisamos olhar para frente, com serenidade, e encontrar formas de unir o Brasil”, destacou.
A proposta, no entanto, desperta controvérsias: para críticos, soa como incentivo à impunidade; já para apoiadores, representa uma oportunidade de encerrar um ciclo de instabilidade. No tabuleiro político, Caiado busca se firmar como liderança de perfil conciliador, apostando na ideia de reconstruir a governabilidade por meio do diálogo e da reconciliação.