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Polícia Civil do DF conclui inquérito e acusa estudante picado por cobra naja de pertencer a um esquema de tráfico de animais

Outras 11 pessoas também foram indiciadas, entre elas, a mãe do estudante, o seu padrasto, e um amigo, o também estudante Gabriel Ribeiro; os crimes cometidos seriam tráfico de animais silvestres, associação criminosa, maus-tratos, prevaricação e fraude processual

Por Redação

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou doze pessoas por tráfico de animais silvestres, associação criminosa, maus-tratos, prevaricação e fraude processual. Os denunciados fazem parte de uma suposta quadrilha que atuava no DF com o tráfico de animais exóticos e silvestres. As investigações que levaram aos denunciados começaram após um jovem, o estudante de medicina veterinária, Pedro Krambeck ter sido picado por uma cobra naja em um sítio no Gama. O caso teve repercussão nacional e Pedro conseguiu sobreviver graças ao soro antiofídico que veio de São Paulo.

Os investigadores deram uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 13, para falar sobre o indiciamento que, além do estudante, atinge também sua mãe, a advogada Rose Meire dos Santos, seu padrasto, o tenente-coronel da Polícia Militar do DF (PMDF), Clóvis Eduardo Condi, o major do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), Elias Costa, um amigo de Pedro, o também estudante Gabriel Ribeiro de Moura, 24. Tanto Pedro quanto Gabriel chegaram a ser presos, mas foram liberados.

Outra denunciada é uma possível professora de medicina veterinária, que em mensagens trocadas com um estudante, o aconselhou a jogar as cobras no mato. A mulher, que é identificada como Fabiana SperbVolkweis, foi indiciada por fraude processual.

As investigações conseguiram constar diversos indícios que mostram que, principalmente, o estudante Pedro e sua família estavam envolvidos com o tráfico de animais no DF. Segundo os investigadores, cada um desempenhava uma função e, juntos, construíram um profissional esquema de vendas de animais.

“Não se trata de um colecionador, mas de um traficante. Ele trazia as cobras de viagens para outros estados do país e há diálogos nas redes sociais que mostram ele negociando a venda. Uma dessas vendas, inclusive, foi feita no Gama, e se tratava de um filhote de uma cobra nigritus, que custou R$ 500”, detalhou o delegado responsável pelo caso, Willian Andrade.

Durante as investigações, o estudante Gabriel Ribeiro, foi preso por estar atrapalhando as investigações. Ele teria sido chamado para retirar e dar fim desconhecido as cobras que se encontravam no sítio em que Pedro foi picado. Na época, a polícia apreendeu mais de dez serpentes neste sítio.

“Ele foi chamado para ‘resolver o problema’. Então, ele esconde essas cobras no Núcleo Rural de Planaltina e em outros locais. Até em casa de amigos, também foi ocultado serpentes”, diz Andrade.

A mãe de Pedro também vai responder por corrupção de menores, uma vez que as investigações comprovaram que ela sabia e ajudava o filho no esquema. A advogada era a responsável por alimentar e cuidar da reprodução dos animais.

Anaconda

Também na manhã de hoje os investigadores capturaram em Águas Lindas de Goiás (GO), uma cobra adulta de 8 metros de comprimento. De início imaginou-se que fosse uma anaconda, mais conhecida como sucuri, mas os investigadores corrigiram a informação e disseram que se tratava de uma píton-indiana (Python molurus), animal do sudeste asiático e que está em extinção desde 2012.

Cobra de 8 metros encontrada nesta manhã em Águas Lindas de Goiás; a espécie está em extinção desde 2012

A apreensão não faz parte das denúncias apresentadas nesta manhã. O dono da cobra capturada não foi encontrado. Os investigadores acreditam que ele criava o animal há mais de dez anos.

“Pode ter uma ligação com essa investigação. Mas, inicialmente, ele tem uma vasta experiência nessa área e estaria iniciando essa atividade ilícita”, disse o delegado-adjunto da 14ª delegacia da PCDF, Ricardo Bispo

Fonte News Black

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